Conselho Regional de Odontologia abraça campanha para ajudar menino de 3 anos com câncer raro

22 de março de 2017

Conselho Regional de Odontologia abraça campanha para ajudar menino de 3 anos com câncer raro

Conselho Regional de Odontologia abraça campanha para ajudar menino de 3 anos com câncer raro

 

Um tipo de câncer extremamente agressivo que só pode ser tratado apenas nos Estados Unidos. Esta é a realidade que o menino João Monjardim, de três anos, vive e que o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) quer ajudar a mudar. A instituição abraçou a campanha criada pela família para contribuir com o tratamento da criança. 

João é sobrinho da cirurgiã-dentista Fernanda Fabris, moradora do município de Nova Ubiratã (477 km de Cuiabá). O secretário do CRO-MT, José de Figueiredo Loureiro Júnior, destaca que a autarquia pretende envolver o máximo de colaboradores nesta campanha. “Vamos enviar as informações com os dados para depósito para todos os cirurgiões-dentistas inscritos no CRO-MT via e-mail, além de publicar a história na nossa página do Facebook e no nosso site institucional”, comenta José de Figueiredo. 

A cirurgiã-dentista diz que não poderia deixar de agradecer o CRO-MT, que está dando a oportunidade para que eventualmente as pessoas possam colaborar com o tratamento do seu sobrinho.

“Falando um pouco sobre o tumor, ele foi inicialmente diagnosticado como um tumor cerebelar, chamado de tumor ectodérmico primitivo de alto grau de malignidade. A raridade dele é que ele não se enquadra em nenhum tipo desse tumor; a identificação parcial foi feita aqui no Brasil e, após essa identificação, o material foi enviado aos EUA para que lá fosse feita uma classificação molecular, onde o tumor foi denominado B-Cor; essa denominação foi descrita em literatura médica apenas em 2016”, explica. 

De acordo com o pai, o médico Renato Fabris, o tratamento do filho é longo, complexo e requer alto investimento financeiro – cerca de 300 mil dólares - mais de 900 mil reais. “Isso nos forçou a optar pelo financiamento coletivo”, ressalta Fabris. 

Em entrevista concedida a uma publicação especializada em saúde, o médico esclarece o motivo pelo qual a família resolveu divulgar o caso de João. Para tal, criaram uma página no Facebook chamada "Save João". Pela rede social, os familiares também fazem atualizações frequentes sobre o estado de saúde do menino. 

CASO RARO – João tem um câncer nunca antes conhecido pela ciência e extremamente agressivo. A família, que vive em Vitória, no Espírito Santo (ES), recebeu a notícia do diagnóstico em junho de 2016, quando foi descoberto o tumor no cérebro da criança. “A título de comparação, pode-se dizer que é quase mais fácil ganhar na loteria do que ter um tumor deste", comenta o pai. 

Os parentes identificaram que havia algo com a saúde do menino quando ele começou a ficar cansado e com náuseas com frequência. Após uma ressonância, foi identificado que João estava com câncer. “A cirurgia para retirada do tumor foi feita com urgência e, durante a análise do material, os médicos perceberam que não existiam registros desse tipo de câncer, extremamente maligno e agressivo”, conta a avó, Solange Monjardim. 

João foi então submetido a um tratamento tão agressivo quanto o câncer: ele recebeu as medicações mais fortes que existem, foram três ciclos de quimioterapia e um transplante de medula autólogo – procedimento onde a medula do paciente é coletada e, depois do tratamento, ele recebe a medula de volta. Esse método apaga todo o sistema imunológico da criança, fazendo com que ela fique sem imunidade como um recém-nascido. Após seis meses é iniciado o processo de vacinação novamente, para que seja reconstruída a imunidade do paciente. O período de recuperação pode chegar a um ano. 

METÁSTASE E TRATAMENTO PERSONALIZADO – No início de fevereiro, contudo, em uma consulta de rotina, os médicos identificaram a metástase do câncer na medula de João. Dessa forma, foi realizado um planejamento completamente novo e inédito de tratamento, pensado especialmente para o caso de João por um médico americano. "O especialista indicou de três a seis ciclos de quimioterapia diretamente na medula do João para diminuir a metástase. Ele já teve duas convulsões desde que começou essa nova fase do tratamento", relata a avó. 

Ainda de acordo com a orientação do médico, quando houver sinal de melhora no quadro, João deve ir direto para San Diego, nos Estados Unidos, começar as 33 sessões de protonterapia, um método similar a radioterapia, mais eficiente e menos agressivo. 

Por fim, João será submetido a um tratamento para produção de anticorpos. Não existe um protocolo a seguir uma vez que João é o primeiro caso com esse tipo de câncer, mas os médicos apostam nesse tratamento para que o pequeno possa se recuperar da doença da melhor forma possível. 

Mesmo diante da situação delicada, João não perde o bom humor e nos vídeos captados por sua família aparece sorridente e carinhoso com quem está ao seu redor. "Ele é uma criança muito feliz, não reclama. Ele vive bem porque nós o adaptamos para essa realidade, então hoje ele sabe que tem uma 'casa em São Paulo', sabe que precisa ir ao hospital, que tem um dispositivo embaixo da sua pele para receber a medicação. Ele vive a vida", conta o pai. 

Exemplo disso é um vídeo feito no hospital, em que os pais mostram o pequeno fazendo manobras e se divertindo com seu avião de brinquedo (veja aqui). A torcida que fica é para que João ainda possa alçar muito voos em sua vida.

Quer fazer uma doação? Acesse a página do financiamento coletivo (www.gofundme.com/29x54g4) ou deposite no Banco do Brasil (BB).

Renato Gargano Fabris

Agência: 0079-5

Conta Corrente: 6166-2

CPF: 271.788.228-64

ZF PRESS - Assessoria de Imprensa CRO-MT

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